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A Mente é Maravilhosa

5 maneiras pelas quais os pais prejudicam a autoestima dos filhos e como corrigi-los.

Fonte: A Mente é Maravilhosa


Como falar sobre dinheiro com as crianças.

Para aumentar a autoestima de uma criança não basta dizer “Você é ótimo e o mais lindo do mundo”. São necessárias estratégias mais eficazes. Explicamos como conseguir isso sem cometer erros comuns.


Seria maravilhoso se cada criança viesse ao mundo com um manual pessoal que nos dissesse como cuidar dela, responder às suas necessidades e torná-la uma pessoa feliz, independente e realizada.


Mas, em vez disso, na maioria das vezes agimos às cegas e quase por instinto. Confira 5 maneiras pelas quais os pais prejudicam a autoestima dos filhos e como corrigi-los.

Um dos aspectos em que costumamos cometer mais erros é no cuidado da autoestima.


Muitas vezes assumimos abordagens errôneas que, longe de potenciarem essa dimensão do bem-estar psicológico, dificultam-na. Um exemplo disso é elogiar excessivamente de forma inautêntica.


Nossos filhos não são ingênuos. O objetivo que devemos estabelecer para nós mesmos é construir neles um senso adequado de autocompetência e amor-próprio.

Numa sociedade competitiva e que tende a questionar o nosso valor, nada é tão relevante como abordar essa área da saúde mental.


Erros comuns dos pais que prejudicam a autoestima dos filhos (e como corrigi-los).


A autoestima se refere à maneira como nos vemos e como acreditamos que os outros nos veem. Essa percepção é influenciada pelo nosso ambiente e, principalmente, pelos nossos cuidadores. Cada mensagem dada ou não, cada interação e experiência vivida na primeira infância são fundamentais para a construção dessa dimensão.


Ou seja, a autoestima não se constrói apenas com as nossas percepções, mas a influência dos nossos pais, irmãos, professores e amigos também é decisiva. E sejamos claros sobre um aspecto: é mais fácil desenvolvê-la em uma criança do que ter que repará-la em um adulto.


Da mesma forma, e em relação a essa ideia, um estudo da Universidade da Califórnia nos diz algo importante. O ambiente familiar às vezes pode ser tão complexo que a autoestima da criança pode ser afetada por inúmeros fatores, como a presença de um distúrbio psicológico nos pais.


Por outro lado, não podemos ignorar as formas como os pais prejudicam a autoestima dos filhos sem mesmo saberem. Vamos analisá-las:


1. Não atribuir responsabilidades adequadas à idade dos filhos

A superproteção é um obstáculo ao correto desenvolvimento da autoestima das crianças. É importante lembrar que se há algo que uma criança precisa é sentir-se competente e para isso nada melhor do que oferecer-lhe responsabilidades adequadas à sua idade.

Se você crescer presumindo que sempre haverá alguém disposto a facilitar sua vida e resolver seus problemas, mais cedo ou mais tarde você se deparará com a realidade.

Como fazer melhor?

Por outro lado, a criança que descobre cedo que é capaz de realizar múltiplas tarefas sozinha estabelece efetivamente a autoeficácia, conforme indica um estudo publicado na Frontiers in Education.

Como fazer melhor?

Todos os dias abrem-se múltiplas oportunidades para as crianças aprenderem a ser mais autônomas. Vamos encorajá-las e confiar nelas, no seu valor e nas suas capacidades, de acordo com a sua idade.


2. Evitar que cometam erros

Existem pais e mães que passam parte de suas vidas agindo como heróis no resgate de seus filhos. Previnem quedas, erros, fracassos e decepções. Cometer erros e fazer um esforço mental para resolver esse incidente dá a cada criança uma valiosa oportunidade de crescimento.

Como fazer melhor?

A autoestima também nasce em cada adversidade superada, algo que uma criança pode aprender com as experiências mais simples e inocentes.

Embora seja uma prioridade salvaguardar a segurança e o bem-estar da criança, há experiências que ela deve viver sozinha.


Talvez, e só como exemplo, não lembrá-la de que deixou a bola em casa antes de ir brincar no parque a faça assumir a responsabilidade por suas coisas na próxima vez, sem ter que depender tanto da mãe ou do pai.


Manter as crianças isoladas dos desafios do dia a dia prejudica o seu desenvolvimento psicossocial e a construção de uma boa autoestima.


3. Abusar do reforço positivo

Há pais que descrevem tudo o que os filhos fazem como extraordinário, dizendo-lhes que são fantásticos, os melhores do mundo e os mais inteligentes.

Como fazer melhor?

Pode ser que nosso filho nos mostre um desenho que ele sabe não ser o seu melhor trabalho.

Se mamãe e papai lhe disserem que é “maravilhoso”, saberá que não é verdade. Assim, é difícil para ele se sentir motivado a melhorar, pois seus pais parecem achar fascinante tudo o que ele faz.


Qualquer reforço dado a uma criança deve ser sincero, de fácil compreensão e pedagógico. Se quisermos melhorar a autoestima do nosso filho, um “Estou orgulhoso de como você trabalhou duro” será sempre melhor do que um “Você faz tudo bem porque é o menino mais bonito do mundo”.


4. Protegê-los de suas próprias emoções

Quando uma criança chora, fica triste ou frustrada, é tentador comprar um sorvete ou um brinquedo para ela, pois assim seremos capazes de colocar imediatamente um sorriso em seus rostos. No entanto, o que os pequenos aprenderão com isso? Pouco ou nada.


Os pais prejudicam a autoestima dos filhos, minimizando ou impedindo-os de aprender a controlar as suas emoções. Um trabalho realizado na Universidade César Vallejo destaca a correlação entre regulação emocional e autoestima, o que implica também a capacidade de gerir os próprios sentimentos sem ser dominado por eles.

Como fazer melhor?

Nunca é demais para os pais aprenderem estratégias apropriadas de inteligência emocional para educar seus filhos. A negligência por parte dos cuidadores que sempre prejudica as crianças é não compreender ou saber regular as próprias emoções.


5. Educar com base na perfeição

Educar na perfeição é educar na ansiedade e na percepção de que nunca se cumpre o que se pede. É verdade que todos os pais desejam que os seus filhos tenham sucesso. Porém, acima das conquistas excepcionais está a felicidade, aproveitar a infância e não acabar desenvolvendo uma autocobrança pouco saudável desde cedo.


Conforme mencionado em pesquisa publicada na revista Reflection and Educational Research, crianças com perfeccionismo desadaptativo quase sempre apresentam autoestima fraca e fragmentada.

Como fazer melhor?

É positivo estabelecer metas e propósitos para nossos filhos, marcos pelos quais eles devem se empenhar. Isso promove sua maturidade e responsabilidade.

No entanto, estes objetivos devem ser realistas, acordados com os nossos próprios filhos e também motivadores para eles.


Conclusão: devemos buscar o equilíbrio

Permitir erros, evitar elogios excessivos e desproporcionais e atribuir responsabilidades adequadas à idade são aspectos fundamentais para promover uma autoestima saudável em nossos filhos.


Essa abordagem harmoniosa e equilibrada irá lhes proporcionar as ferramentas necessárias para desenvolverem a autoconfiança e enfrentarem os desafios da vida com resiliência e autoaceitação.





 


 







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