Fonte: Afinando Cérebro
Se comunicar bem vai além de escolher as palavras certas ou o melhor momento para usá-las. A boa comunicação está diretamente ligada a uma boa escuta e não basta apenas ouvir, é essencial processar os sons que chegam até nós de maneira adequada.
Como isso acontece?
A resposta está nas habilidades auditivas. São elas que que nos permitem concentrar em um determinado estímulo sonoro, ignorando o ruído de fundo, como em um espaço de trabalho coletivo ou na sala de aula, por exemplo.
E tem mais!
É por meio das habilidades auditivas que conseguimos:
•Identificar a direção de um som, como quando ouvimos
uma buzina ao atravessar a rua
•Perceber a diferença entre os sons falados em palavras semelhantes, como “tia” e “dia”
•Completar subjetivamente a mensagem, como quando ouvimos apenas parte da palavra e, assim mesmo, compreendemos o que foi dito
•Compreender frases com duplo sentido
•Seguir uma sequência, organizar e recordar aquilo que ouvimos
•Aprender um novo idioma
•Perceber a intenção comunicativa pelo tom da voz, como quando em uma conversa telefônica, perguntamos a alguém se está tudo bem, e pela entonação da voz somos capazes de saber se está mesmo tudo bem, ou não
Quais são as habilidades auditivas?
As habilidades auditivas podem ser agrupadas em cinco áreas gerais: atenção, discriminação, associação, integração e organização. Vamos conhecê-las?
Localização sonora: capacidade que o cérebro tem de localizar a direção de onde vem determinado som. Esta é uma habilidade necessária em diversos momentos de nossa rotina, como na sala de aula, quando o professor começa a explicar uma matéria e precisamos direcionar nossa atenção, ou para manter o foco de atenção em uma pessoa, quando há outros estímulos sonoros no ambiente.
Resolução temporal: percepção de variações do som em uma pequena amostra de tempo. Essas variações podem envolver mudanças na intensidade, frequência e duração dos estímulos. É uma habilidade que nos permite perceber as diferenças entre os sons produzidos a partir de movimentos parecidos, mas que diferenciam sílabas e palavras como “pato” e “bato” ou variações de ênfases, como sílabas tônicas ou terminações interrogativas, afirmativas e exclamativas.
Fechamento auditivo: nos ajuda a entender o que foi dito quando a qualidade do som não é muito boa, quando o som é distorcido ou completar informações que estão faltando dentro de um contexto. Precisamos dessa habilidade em situações como a escola, quando o professor explica a matéria e você se distrai perdendo uma palavra e precisa voltar a prestar atenção no que foi dito, e até mesmo para conseguir compreender uma pessoa que está gripada, com a voz rouca ou usando máscara.
Figura-Fundo: é a habilidade necessária para que possamos compreender a comunicação quando o ambiente está ruidoso. Por exemplo, quando você está ouvindo uma música e um amigo está falando ao mesmo tempo ou na escola, quando o professor está falando e ao redor existem sons competitivos vindos do corredor ou da rua, por exemplo. Nessas situações o cérebro precisa ser capaz de selecionar a informação que julgamos mais importante.
O que fazer quando as habilidades auditivas estão alteradas?
As habilidades auditivas podem ser aprimoradas com treinamento e há diversas maneiras de estimulá-las. Para isso, sempre que houver algum sinal de alteração em qualquer uma das habilidades auditivas é importante avaliar, para que seja possível fazer a estimulação correta e assim conquistar uma comunicação eficiente e assertiva.
Komentáře