O ciberbullying é multifatorial e os adolescentes, por estarem em um período de vulnerabilidade emocional, acabam aderindo à prática.
Fonte: Sempre família
Uma pesquisa divulgada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) mostra que um em cada três jovens já foi vítima de bullying na internet e que um em cada cinco abandonou a escola por conta do ciberbullying e da violência.
Os pesquisadores ouviram mais de 170 mil estudantes, entre 13 e 24 anos, em 30 países. No Brasil, as redes sociais foram apontadas como principal espaço para que os ataques aconteçam, em especial, o Facebook.
A psicóloga Nathalia Lopes Mariano de Souza, da Comissão de Psicologia e Educação do Conselho de Psicologia do Paraná, explica que, assim como o bullying físico, o ciberbullying também é multifatorial.
E que os adolescentes – por estarem em um período de “vulnerabilidade” emocional – acabam aderindo com mais facilidade à essa prática. “Eles entendem que essa é uma forma de extravasar o que estão sentindo.
Muitas vezes, o motivo para essas agressões vem dos conflitos internos que eles mesmos estão enfrentando”, aponta.
Segundo ela, traços da personalidade e características do meio em que esse jovem vive podem ser facilitadores para a conduta. “Impulsividade, história de vida, dificuldades pessoais, separação de amigos, autoestima baixa, problemas familiares. Tudo isso conta”, destaca a especialista.
Para Nathalia, em boa parte dos casos, quem pratica o ciberbullying foi vítima de algum tipo de preconceito –
em alguma fase da vida – e usa o “anonimato” oferecido pela rede como forma de retaliação.
“O fato de estar 'escondido' atrás de um computador encoraja os comentários e ações preconceituosas”, sustenta.
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