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Afinando o Cérebro

Inclusão auditiva na escola: estratégias para comunicação eficaz com os alunos.

 

Fonte: Revista Afinando o Cérebro


Fazendo lista de tarefas

Inclusão Auditiva

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 10 milhões de pessoas no Brasil enfrentam desafios relacionados à surdez, representando 5% da população. Globalmente, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que quase 900 milhões de pessoas poderão desenvolver surdez até 2050.

 

A surdez, caracterizada pela redução ou ausência da capacidade auditiva, pode ser classificada em diferentes tipos, incluindo condutiva, neurossensorial e mista. Para crianças em idade escolar, essa condição pode resultar em desafios significativos, comprometendo o desenvolvimento cognitivo, socioafetivo, linguístico e político-cultural.

 

Apesar das discussões sobre a inclusão de estudantes com deficiência nas escolas, persiste uma discrepância no acesso à educação. No contexto dos surdos, nota-se a escassez de recursos para promover um aprendizado efetivo entre esses alunos, que geralmente se dividem em dois grupos distintos: aqueles que utilizam a Língua Brasileira de Sinais (Libras) como meio de comunicação e os oralizados, que dependem da leitura labial e são capazes de se expressar verbalmente.

 

Por isso, é importante promover a inclusão auditiva desde os primeiros anos escolares até o ensino superior, garantindo o acesso a recursos necessários para superar barreiras educacionais. Para facilitar essa inclusão na escola regular, estratégias específicas são essenciais, como a disponibilização de recursos visuais nas salas de aula. Esses recursos têm o propósito de facilitar o acesso do aluno surdo a informações que o auxiliem na construção eficiente do conhecimento, superando os desafios impostos pela surdez. Além dessa medida, outras estratégias podem facilitar o aprendizado de alunos com deficiência auditiva.

 

Estratégias para facilitar a inclusão de alunos com deficiência auditiva

 

Em sala de aula

Apresentar sínteses escritas das aulas aos alunos

Dirigir-se ao aluno situando-o sobre o tema, falando próximo, devagar e mantendo contato visual

Orientar sobre termos específicos, indicando quando utilizar sinônimos

Fornecer perguntas indicativas para estudo individual, especialmente em textos extensos

Assegurar legendas em vídeos

Estabelecer sistemas de monitoria quando necessário

Afixar recados em murais para garantir acesso a informações

Considerar a presença do aluno surdo durante apresentações de seminários

Indicar o tema da próxima aula para leitura antecipada

 

Na avaliação

Corrigir produções escritas considerando a flexibilidade preconizada pela portaria N.3284/2003 do MEC

 

Propor avaliações mais objetivas ou orais com tradução do intérprete de Libras, podendo ser gravadas

Flexibilizar o tempo e a metodologia para alunos com dificuldades na interpretação escrita

Evitar provas surpresa para permitir a internalização do conteúdo

Indicar situações em que o intérprete de Libras seria benéfico

Avaliar continuamente, considerando diagnósticos iniciais e a construção gradual do conhecimento

 

Com o intérprete de libras em sala de aula

Lembrar que o intérprete é um tradutor, não um professor especialista

Falar pausadamente para facilitar a tradução

Oferecer um glossário no início do período letivo para auxiliar nas traduções e discussões

 

A escola desempenha um papel essencial na promoção da inclusão, ajustando suas estruturas para receber alunos com deficiências. Leis como a LDB 9394/96 e o Decreto lei nº 5296/2004 são fundamentais para garantir a igualdade consagrada na Constituição Federal (BRASIL, 1988).

 

Vamos unir esforços para tornar a inclusão uma realidade efetiva. Se conhece um professor, compartilhe este texto e contribua para essa importante causa!






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