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Mudar de casa duas ou mais vezes na infância pode aumentar risco de depressão na fase adulta, diz estudo.

Fonte: Revista Crescer


Como falar sobre dinheiro com as crianças.

Dos 10 aos 15 anos, as crianças estão construindo seus laços sociais e mudanças podem gerar impactos com. "Sabemos que há vários fatores que levam uma pessoa a ser diagnosticada com uma doença mental".


No entanto, esta é a primeira evidência a sugerir que mudar para um novo bairro durante a infância está entre eles", diz o autor, Clive Sabel. Saiba como ajudar os pequenos a lidar com as mudanças.


Lidar com mudanças de casa nunca é fácil para as crianças. Inclusive, um estudo inédito publicado na última quarta-feira (17) mostrou que isso pode abalar o emocional das crianças mesmo anos depois com Risco de depressão na fase adulta.


Pessoas que mudaram de casa duas ou mais vezes antes dos 15 anos têm mais de 60% de chance de serem diagnosticadas com depressão na vida adulta, de acordo com pesquisadores da Universidade de Aarhus (Dinamarca), da Universidade de Plymouth (Inglaterra) e da Universidade de Manchester (Inglaterra).


Segundo o levantamento, publicado na revista acadêmica JAMA Psychiatry, crianças que se mudaram uma vez entre os 10 e 15 anos têm 41% mais chances de serem diagnosticadas com depressão do que aquelas que não se mudam.


Já no caso de crianças que se mudaram duas ou mais vezes entre os 10 e 15 anos, o risco aumenta para cerca de 61%. O estudo também mostrou que os jovens que viveram em bairros de baixa renda durante a infância têm uma probabilidade maior, em torno de 10%, de desenvolver depressão na idade adulta.


Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores analisaram todos os locais de residência de quase 1,1 milhão de pessoas nascidas na Dinamarca entre 1981 e 2001 e que permaneceram no país durante os primeiros 15 anos de vida.


Então, eles acompanharam essas mesmas pessoas na idade adulta e descobriram que pelo menos 35 mil deles que ainda estão morando na Dinamarca foram diagnosticados com depressão.


"Durante esses anos formativos, as crianças estão construindo seus laços sociais por meio da escola, de grupos esportivos e de outras atividades. Cada vez que precisam se adaptar a algo novo, pode ser disruptivo.


Precisamos encontrar novas maneiras de ajudar as crianças a superar esses desafios", disse Clive Sabel, professor de Big Data e ciência espacial da Universidade de Plymouth, ex-diretor da Universidade de Aarhus e principal autor do estudo, à JAMA.


Diversos fatores

Vale destacar que os autores reforçam na pesquisa que as causas para o surgimento de transtornos associados à saúde mental, como a depressão, são complexas e envolvem diversos fatores, incluindo questões biológicas, socioeconômicas e psicológicas.


Mas os pesquisadores ressaltam que existem evidências crescentes de que os ambientes naturais, construídos e sociais das pessoais estão relacionados à saúde mental.


"Sabemos que há vários fatores que levam uma pessoa a ser diagnosticada com uma doença mental. No entanto, esta é a primeira evidência a sugerir que mudar para um novo bairro durante a infância está entre eles", afirmou Sabel.

 

"Este estudo enfatiza a importância de políticas globais que possibilitem e apoiem infâncias estáveis, mas que levem em consideração identidades regionais e culturais", acrescentou. No entanto, ele também observou que, com base nas novas descobertas, é possível que grupos específicos de crianças estejam em maior risco.


"Jovens sub tutela frequentemente enfrentam muitas mudanças e potencialmente são submetidos a pressões adicionais. Também há filhos de militares que se mudam regularmente dependendo de onde seus pais estão alocados.


Este estudo sugere que essas crianças podem precisar de assistência adicional para prevenir o desenvolvimento de doenças mentais mais tarde na vida", destacou.

Como ajudar a criança a lidar com as mudanças


É normal e esperado que as crianças estranhem as mudanças no início.

“A criança se acostuma com a rotina, que é confortável e a base dela para enfrentar outros desafios. Com uma mudança, ela pode perder esse chão”, diz a médica Liubiana Arantes de Araújo, presidente do Departamento Científico de Desenvolvimento e Comportamento da Sociedade Brasileira de Pediatria.


Sinais de alerta

Embora nem sempre seja fácil identificar quadros relacionados à saúde mental das crianças, existem alguns sinais que podem demonstrar que algo não está bem.


Para ajudar, Cristina Borsari, psicóloga do Sabará Hospital Infantil (SP), destacou os principais sintomas que os pais devem prestar atenção. Se os pais notarem alguns destes sintomas, é importante buscar ajuda profissional. Confira:

. Irritabilidade

. Choro excessivo

. Isolamento

. Agressividade

. Dificuldade para se concentrar

. Baixo rendimento escolar

. Demora para andar ou falar, entre outros atrasos no desenvolvimento





 


 







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