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Terapia cognitivo-comportamental é uma das mais comuns; tire 8 dúvidas.


Fonte: VivaBem


Fazer terapia é mais do que apenas contar suas frustrações ao especialista. Existem diversas linhas e conhecê-las é importante para decidir qual mais funciona para você. A psicanálise talvez seja o estilo mais conhecido, mas a TCC (Terapia Cognitivo-Comportamental) é considerada um padrão no tratamento de muitos problemas de saúde mental. O método busca entender a forma como o ser humano interpreta os acontecimentos e como eles o afetam. A ideia é analisar as atitudes do paciente para transformar reações automáticas em decisões conscientes. Ficou confuso? A seguir, tire oito dúvidas sobre como saiba em detalhes sobre como essa linha terapêutica funciona.


1. O que é e para que serve a terapia cognitivo-comportamental? É um tratamento psicoterapêutico que se propõe a ajudar o paciente identificando nele padrões de pensamentos, crenças e hábitos disfuncionais que, por sua vez, têm influência negativa em seus comportamentos e suas emoções. Após reconhecer esses padrões, o terapeuta pode auxiliar a pessoa e encontrar novas possibilidades de pensamentos para lidar de forma mais assertiva com as situações. Essa terapia acredita que é possível modificar a crença distorcida das coisas, por meio de treino e pensamentos funcionais. O paciente aprende a reagir aos estímulos do meio.


2. A TCC pode atuar no tratamento da depressão? Sim. E também do transtorno bipolar, síndrome do pânico e ansiedade, disfunções sexuais, anorexia nervosa, bulimia, esquizofrenia, TOC (transtorno obsessivo-compulsivo), TEPT (transtorno do estresse pós-traumático), fobias e problemas do impulso, como o jogo patológico.


3. Quais as técnicas utilizadas? A TCC incorpora diversas estratégias voltadas para alterar o pensamento, o humor e o comportamento do paciente. Como cada caso é único, as técnicas podem ser variadas, dependendo da necessidade pessoal, gerando assim melhores resultados. As mais usadas são: registros de pensamentos automáticos, diários de emoções, questionamentos na sessão, treino de comunicação para melhorar o repertório de habilidades conversacionais, simulações de situações, análise do pensamento real e imaginário, troca de papéis, exposição e prevenção de resposta e relaxamento.


4. Todo mundo pode fazer a TCC? Sim, embora as indicações sejam, na maior parte das vezes, para casos de ansiedade, problemas comportamentais, transtornos psiquiátricos e distorções cognitivas.


5. Há respaldo da ciência em sua eficácia? Sim. É a terapia com maior número de ensaios clínicos que demonstram sua efetividade. Para se ter uma ideia, um estudo realizado por pesquisadores da University College London e publicado no periódico Current Biology revelou que a TCC afeta o volume e a atividade do cérebro. O tratamento reduziu o tamanho da amígdala, região do cérebro associada à manifestação das emoções —quanto maior seu volume, nos casos de ansiedade social, maior a severidade dos casos.


6. Um tratamento de TCC dura, em média, quanto tempo? As sessões de terapia cognitivo-comportamental duram cerca de uma hora. A frequência varia conforme o caso clínico, sendo comum realizar sessões semanais ou quinzenais. A duração do tratamento também se orienta de acordo com a necessidade de cada paciente, levando em consideração questões como suas crenças e seus padrões comportamentais. No geral, pode levar de seis meses a dois anos, aproximadamente. A TCC sempre parte de objetivos terapêuticos que, vencidos, podem dar origem a outros, por isso o mais importante é fazer com que a pessoa adquira estratégias para viver com mais qualidade de vida e não dependa do terapeuta.


7. A terapia cognitivo-comportamental costuma ser aliada a medicamentos? Não necessariamente. Porém, dependendo do caso, algumas vezes se faz necessário o uso de antidepressivos, já que alterações nos sistemas de neurotransmissores (noradrenalina, serotonina) têm ligação com as interações do indivíduo com o ambiente.


8. Quais são os resultados e em quanto tempo o paciente os percebe? As mudanças de padrão de pensamentos são perceptíveis ao longo do tempo de atendimento, mas não há um prazo estipulado para se perceber a evolução. Alguns sinais são observados pelos terapeutas e servem como parâmetro. Um manejo mais assertivo, mesmo quando há alterações do comportamento, a estabilidade no humor, disposição nas relações pessoais e no trabalho são indicativos de que a adesão ao processo terapêutico está acontecendo. Vale frisar que, em certos casos, já na segunda sessão o paciente percebe algum resultado ou mudança, como reconhecer algum pensamento automático distorcido. É essencial considerar que cada pessoa é única e, portanto, as táticas de tratamento devem ser flexíveis.


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