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  • TDAH, reconstruindo a vida

TDHA não é cerveja, mas aprecie com moderação!

Fonte: TDAH_reconstruindo a vida


Como falar sobre dinheiro com as crianças.

Vivemos o período das modinhas. E uma delas é o TDAH. Basta esquecer a chave e o fulano já corre para um grupo de TDAH para postar sua suspeita de ser portador.

TDHA não é cerveja, mas aprecie com moderação!

 

Existem situações realmente engraçadas e em muitas delas eu mesmo me divirto, mas a maioria baseia-se apenas em tentar fazer parte de uma turma da moda, uma turma de outsiders, um povo meio louco e descolado...

 

Não seria um problema se isso não fosse um combustível para que os anti TDAHs trabalhem para desacreditar ainda mais os diagnósticos e, principalmente, os medicamentos usados em nossos tratamentos.

 

Os grupos que foram criados para trocar experiências de quem têm TDAH, viraram espaços de tentativas de autodiagnósticos sem qualquer embasamento. Uma pena.

Confesso que quase não participo de grupos e até de falar sobre TDAH me cansou. Há cerca de seis meses não posto nada no blog, acho que por overdose. Não sei se ainda tenho algo de útil a dizer.

 

Fui diagnosticado há cerca de doze anos e em muitos momentos acreditei haver superado o maldito TDAH. Bastava pensar assim uma única vez e pronto, o TDAH me derrubava feio. Tudo aquilo que havia conquistado voltava à estaca zero. E recomeçava a subir a montanha empurrando minha pedra.

 

O TDAH é muito mais esperto e ladino do que qualquer um de nós.

Ele se faz de morto, ele se deixa passar despercebido, te faz crer que está domado definitivamente. E aí o portador relaxa, acredita que está tudo sob controle.

E o TDAH dá o xeque-mate. Nos estatelamos no fundo do poço perplexos, incrédulos, atônitos.

 

Hora de lamber as feridas pela enésima vez. Hora de encarar todos os espectadores que acompanharam todas as nossas infindáveis derrocadas. Voltam as justificativas. Voltam os julgamentos. Voltam os silêncios.

 

Olhando para trás descobrimos que cometemos os mesmos erros de todas as outras quedas. E não os reconhecemos. Trilhamos exatamente o mesmo caminho até à beira do precipício, e não o reconhecemos. Assim como não reconhecemos estar à beira do precipício e demos o derradeiro e fatal último passo.

 

Estragamos tudo novamente. E a cada reconserto tudo é mais difícil e mais penoso. Mas não há outra alternativa, há que se levantar e tocar em frente.

 

Realmente, o TDAH dos grupos de Face e Insta parecem muito mais divertidos do que na vida real. Assim como a cerveja dos comerciais de TV. Mas nunca se esqueça que depois da propaganda vem a advertência: APRECIE COM MODERAÇÃO.

 


 







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